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PRÓLOGO

    Eu estava... Afundando.

    Aquele momento parecia tão vazio...

    Meus olhos fracos observam ao redor, resistindo a pressão da água. Tudo está vermelho em minha volta.

    Perdendo a consciência, eu tento levantar minha mão esquerda, sem sucesso. A força das águas não me deixava sequer levantar meu braço. A morte era inevitável.

    Eu só consigo ver a escuridão abaixo dos meus pés. Meus olhos estão quase fechados, e eu sinto algumas bolhas boiando ao meu redor, em direção a superfície, enquanto eu afundo cada vez mais.

    Então, a água começou a encher meus pulmões. Eu nunca achei que as coisas fossem acabar dessa forma. Mas até que... Não era tão ruim quanto parecia nos filmes.

    Cansado, eu finalmente aceito o meu destino. E então, bem quando os meus olhos se fecham inteiramente, eu... Acordo.

- Hãã?! O quê? - Eu me pergunto, confuso.

Eu tô... Ah sim, na minha cama.

(Esses sonhos esquisitos onde eu estou afundando na água, sem conseguir me mexer andam me atormentando ultimamente. Deve ser um sinal para eu ficar bem longe da praia.)

Antes que Rafael pudesse se perguntar qualquer coisa, ele escuta o som da porta de seu quarto frente abrir bem devagar.

- Ah, você acordou! - Sua mãe olha para Rafael, bem alegre, e então ela começa a vir em sua direção. - Que estranho. Eu nem precisei te acordar hoje. Mas, ei, já são sete horas, então é melhor você começar a se arrumar logo.

- ... É. - Ele diz, calmamente, enquanto se levanta de sua cama, ainda se sentindo bem sonolento.

- Ei, também seria melhor você acordar logo o seu irmão. - Sua mãe aponta para a cama ao lado, mostrando o meu irmãozinho que ainda estava a dormir profundamente.

- Ah sim! Pode deixar comigo!

    (E assim a minha vida sempre foi, quero dizer, todos os dias eram desse jeito, minha mãe me acordava. eu me preparava, e, agora era o momento de caminhar até a escola. Antes disso, entretanto, eu tive que ajeitar uma bagunça que o meu cachorrinho, Café, tinha feito no meu quarto... O que me atrasou um pouco. Mas então, ao acabar de arrumar as coisas, eu e o meu irmão seguimos para a escola.)

© Luidy 2024 | Por favor não roube as minhas coisas. Nem venda elas. Ah é, e dê o crédito.

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